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Pathy Dejesus diz ter se sentido usada no mundo da moda e desabafa: ‘Quando precisavam de uma negra, me colocavam lá’

A atriz falou sobre as dificuldades que enfrentou como modelo durante os anos 2000

A atriz relatou como se sentia no universo da moda nos primeiros anos de carreira – Instagram/ @pathydejesus

Pathy Dejesus fez um desabafo sincero sobre sua carreira de modelo no início dos anos 2000 e chamou a atenção ao relatar como se sentiu no mundo da moda durante os primeiros anos na profissão de top model. 

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A atriz de 43 anos contou em entrevista à Revista Marie Claire que teve dificuldades nos primeiros anos como modelo e usou o termo “Token” para relatar como se sentia diante das agências. 

A palavra faz referência a um conceito social de utilização da imagem de minorias representativas para fazer alusão a diversidade em organizações, no entanto, de maneira superficial apenas para demonstrar preocupação com a inserção de minorias quando convém.

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Acho que fui muito usada no mundo da moda. Se precisava de uma negra, colocavam a Pathy lá. Na época, eu não percebia. Mas tinha algumas sensações. Sabia que tinha que batalhar muito mais do que as minhas colegas não negras”, disse ela. 

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Ela ainda relembrou que alguns profissionais não estavam preparados para produzir ela, justamente por conta da escassez  de modelos negras no mundo da moda na época: “Falta de produtos, de interesse, de pesquisa sobre a pele, o cabelo da mulher negra. Não tinha demanda. Naquela época, era compreensível porque o material era caro, importado. Quando tinha, era um coringa que precisava servir para todos os tons de pessoas negras – e isso não existe. Nos meus primeiros trabalhos como modelo, sempre apareço cinza. Se não fosse o Wilson Eliodorio, o Max Weber, depois o Alê de Souza, era muito provável que eu ficasse cinza”. 

Hoje, ela acredita que o caminho está mais aberto para mulheres negras no mundo da moda e que por isso as modelos são mais unidas e menos competitivas: “As possibilidades de trabalho eram muito menores e sempre tinha lugar para uma só. Hoje é diferente. As modelos negras são superunidas e acho isso o máximo”. 
 

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