Ainda em outubro, a notícia de que Kylie Jenner, a mais nova do rentável clã Kardashian-Jenner, estaria entrando de vez no mercado fashion á frente de sua nova marca nomeada como “KHY“, causou alvoroço na internet ao se perguntar qual seria a proposta da empresária em um ramo totalmente saturado.
Contrariando previsões de críticos que apostavam que a caçula Jenner iria apostar em um conceito “quiet luxury” para ir de acordo com a sua nova estética adotada durante esse ano de 2023, a idealizadora da Kylie Cosmetics surgiu com uma marca colaborativa focada em divulgações de coleções capsulas com desginers emergentes no cenário da moda.
Com dois lançamentos de drops, conceito de marketing de moda conhecido como lançamentos de coleções limitadas, totalmente bem recebidos pela internet e críticos, o último lançamento do ano marca o começo de uma crise identitária da marca que por mais promissora que se mostrasse, caiu no conceito do “mais do mesmo”. Diante desse cenário, qual será os próximos passos da empresária que já faturou bilhões no ramo de maquiagens e skincare no passado?
Dois meses após o anúncio de lançamento de sua marca de roupa, Kylie Jenner já enfrenta crises estéticas e falta de inovação para “KHY”:
Entenda a trajetória da KHY no mercado:
Prometendo a mistura perfeita entre a moda conceitual com o estilo diário, em peças de boa qualidade e preços mais acessíveis, o primeiro drop, que marcou a estreia da marca no mercado foi elaborada em colaboração com a marca independente alemã, Namilia. A polêmica marca criada por Nan Li e Emilia Pfohl em 2015 ficou conhecida por seu estilo totalmente “anti-fashion”, fazendo referências ao estilo motocross e também com uma pegada rave destroyed, sempre trazendo o elemento sensualidade a tona de formas nada sutis.
A colaboração entre a marca francesa e a empresária surge em coleção capsula inteiramente construída em cima do conceito do couro fake em peças totalmente estruturadas, que misturam a sensualidade moderna com toque de requinte, assim, sendo bem aceita pelo mercado devido aos preços “não tão exorbitantes”.
Já o segundo drop, chegou as redes sociais da KHY surpreendendo os seguidores por trazer uma estética minimalista e “full body“, que já foi usada por Kim Kardashian e Kylie Jenner anos atrás. Apesar da estética já conhecida pelos fãs do clã, a coleção produzida em parceria com o ateliê Entire Studios, que foi fundado por Sebastian Hunt e Dylan Richards, conhecidos como os criadores “fantasmas” por trás de todo o conceito da marca “Yeezy” de Kanye “Ye” West, ex-marido de Kim Kardashian. A coleção capsula idealizada em conjunto trouxe uma proposta de explorar as jaquetas puffer para o inverno americano de diferentes formas, tamanhos e aplicações em tons majoritariamente claros, totalmente diferente do primeiro drop all-black.
Depois de dois drops, aparentemente, bem sucedidos lançados em novembro deste ano, a expectativa alta para o último lançamento do ano era alto, mas Kylie Jenner surpreendeu ao anunciar uma coleção capsula sem qualquer parceria com promissores designers do cenário atual. Desta vez, a marca KHY trilha sozinha pela primeira vez no mercado e não recebeu criticas tão positivas. O motivo? Uma coleção básica, sem qualquer fator inovação que a diferenciasse de outras peças que podem ser encontradas em lojas de departamento.