Publicidade

Especialista alerta que durante crise do coronavírus deve-se evitar o uso de joias e acessórios

Os anéis, colares, pulseiras e relógios podem armazenar bactérias e vírus nas superfícies

Dermatologista alerta que pessoas devem evitar o uso de joias e acessórios durante pandemia do coronavírus – Pixabay

A pandemia do coronavírus tem mexido com a rotina e os costumes de muita gente!

Publicidade

Na TV, as recomendações que não param de aparecer são: só saia de casa quando necessário e mantenha as mãos limpas, com sabão ou álcool gel, para se proteger do vírus.

Especialistas também passaram a sugerir que as pessoas limpassem os móveis da própria casa com álcool 70%. 

Para entender um pouco dos impactos disso para a nossa pele, já que esse componente costuma ressecar as áreas do corpo que entram em contato com ele, conversamos com a dermatologista Dra. Natasha Crepaldi, de Cuibá- MT.

“Produtos de limpeza domiciliar não são produzidos para lavar as mãos e podem causar microfissuras na pele, facilitando a colonização por vírus e bactérias. Higienizar as mãos demais acaba matando os micro-organismos “bons”, prejudicando a flora bacteriana das mãos”, explicou.

Publicidade

+ VEJA TAMBÉM: Xô doenças! Nutricionista ensina como fazer suco especial para aumentar a imunidade

A especialista também falou sobre qual álcool usamos para cada coisa e deu uma dica bacana: não use joias e acessórios nos punhos durante a pandemia!

QUAL É A MELHOR MANEIRA DE DEIXAR AS MÃOS LIMPAS?

Publicidade

“Para as superfícies, como mesas, bancadas, corrimões, é indicado álcool líquido e na sua falta você também pode usar limpadores multiuso, desinfetantes, limpa vidros ou solução meio a meio de hipoclorito. Mas esses não são produtos adequados para usar na pele. O etanol é capaz de dissolver a capa lipídica protetora, isto é, de gordura, capaz de dissolver esta capa eliminando o vírus. Mas os surfactantes, presentes no sabão, detergente, sabonete líquido ou em barra e até na maioria dos shampoos, também são capazes!! Basta lembrar que eles são eficientes para remover gordura das panelas!”, pontuou ela, que logo frizou: “Deixe o álcool gel para situações que você não tem torneira para lavar as mãos, como na rua ou ônibus”.

SABONETE, SABÃO OU DETERGENTE?

“Para lavar as mãos, os sabonetes são menos agressivos do que os detergentes e sabões e têm a mesma eficácia, desde que a lavagem seja feita de maneira correta, no dorso, nas palmas, entre os dedos… Dá tempo de “cantar um parabéns” durante a lavagem. Deve durar de 20 a 30 segundos. Os sabonetes que têm rótulos indicando ativos hidratantes como óleos, lanolina, glicerina, extrato de coco, silicones, dimeticone, ceramidas e lactatos, costumam ser menos agressivos”

Publicidade

PREFIRA O SABONETE NA VERSÃO LÍQUIDA

A vantagem da versão sólida é que é mais econômica. Porém, na hora de devolvê-lo, deve-se tomar cuidado com a recontaminação. Ele não é indicado para locais públicos. Já o líquido, é mais higiênico para ser compartilhado. A fluidez da fórmula promove a sensação de homogeneidade na aplicação.

“Quanto à agressividade para a pele, os produtos líquidos e cremosos são menos agressivos (o pH vai de 5,5 a 7). O sabão em barra, de forma geral, tem pH mais alcalino, de 8 a 9, portanto são mais agressivos. A alcalinidade é mais desfavorável à pele. Os antibacterianos apresentaram os maiores pHs (até 11,34), por isso não recomendamos o uso de rotina”, garantiu a Dra. Natasha.

Publicidade

SEM ANÉIS DURANTE A PANDEMIA

A especialista explicou que as bactérias e vírus ficam nas superfícies das joias e bijuterias, então não é interessante mantê-las nas mãos e punhos, pelo menos durante a crise.

“Evitar o uso de joias e bijuterias, assim como relógios e manter as unhas curtas é prudente nessa horas. Devemos retirá-los antes de situações de maior risco de contaminação ou transmissão de vírus e bactérias, como antes do preparo de qualquer alimento; em contato com pacientes doentes; e antes de tratar algum machucado. Guardamos esses objetos, higienizamos as mãos e estamos protegidos”.