Nesta terça-feira, 3, a Chanel apresentou sua aguardada coleção Métiers d’Art 2024/2025 em um desfile deslumbrante realizado em Hangzhou, na China. Com um cenário montado no icônico West Lake, o evento buscou celebrar a conexão histórica de Coco Chanel com o Oriente, ao mesmo tempo em que enalteceu a excelência artesanal dos mais de 60 ateliês parceiros da grife ao redor do mundo. Essa coleção destacou a capacidade da Maison de unir tradição e inovação de maneira magistral.
Embora a Chanel esteja atualmente sem um diretor criativo, o time de criação assumiu o comando do desfile. A apresentação foi marcada por uma releitura da paixão de Coco Chanel pelos painéis de laca coromandel, peças que ainda adornam seu apartamento na rue Cambon, em Paris. Nesse sentido, a coleção revisitou essas inspirações orientais, trazendo-as para o universo contemporâneo. Um exemplo notável foi a proposta de elegância ousada, mostrando como a mulher Chanel pode deixar a barriga à mostra sem abrir mão da sofisticação.
Uma narrativa em constante evolução
O desfile começou de maneira dramática, com uma série de looks all black que transmitiam mistério e sobriedade. Gradualmente, porém, a paleta de cores se expandiu, incorporando tons vibrantes como rosa, azul, laranja e dourado. Essa transição cromática trouxe frescor e energia à coleção, evidenciando a capacidade da grife de equilibrar diferentes estéticas.
A influência marcante dos anos 1970
Além disso, o desfile explorou referências claras aos anos 1970, com uma série de peças icônicas. Entre elas, destacaram-se vestidos longos, calças boca de sino e botas acima do joelho. Os detalhes, por sua vez, enriqueceram ainda mais a narrativa visual, com elementos como lurex, correntes grossas, plumas e bordados cuidadosamente aplicados. Essa estética não apenas evocou nostalgia, mas também conectou o passado ao presente de forma harmoniosa.
O olhar para o futuro
Outro ponto de destaque foi a antecipação do lançamento de um novo perfume para 2025, que promete reforçar a presença da Chanel no universo do luxo. Assim, a coleção reafirma o compromisso da grife em expandir seu legado, mantendo-se relevante e desejada no mercado global.
Ao longo de toda a apresentação, a Chanel demonstrou mais uma vez sua habilidade de reinterpretar seu legado enquanto se mantém alinhada às demandas contemporâneas. Dessa forma, o desfile em Hangzhou não apenas celebrou a herança da grife, mas também ofereceu uma visão inspiradora sobre o futuro da moda.