Desde que Alessandro Michele assumiu a direção criativa da Valentino, o público aguardava ansiosamente sua abordagem para a alta-costura, especialmente após críticas de que sua estreia na marca não se desvencilhou das referências usadas na Gucci. 

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Nesta quarta-feira, 29, no entanto, o estilista surpreendeu ao trazer um casting inovador e romper padrões tradicionalmente rígidos da moda de luxo.

As passarelas costumam ser dominadas por modelos jovens, em sua maioria brancas. Contudo, a seleção de modelos desta apresentação foi além do culto à juventude e trouxe mulheres maduras vestindo peças meticulosamente elaboradas.

Com aparência natural, elas surgiram com pouca maquiagem, evidenciando linhas de expressão e a textura autêntica da pele. Os cabelos grisalhos e brancos também foram mantidos sem grandes estilizações, ressaltando sua beleza genuína.

Algumas das modelos do desfile da grife – Getty Imagens

Nova visão

Embora a presença de modelos mais velhas nas passarelas venha crescendo, essa inclusão era mais frequente no prêt-à-porter. A escolha de Michele para a alta-costura pode, portanto, sinalizar uma mudança significativa no setor. Estaria a moda de luxo finalmente se abrindo para uma visão mais abrangente da beleza?

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Se a apresentação final representou uma jornada visual da vida de uma mulher, nada mais coerente do que refletir todas as suas fases, incluindo a maturidade. Além do impacto estético, a decisão também fortalece uma conexão mais autêntica com consumidoras que desejam se ver representadas na moda – não apenas pelo apelo de produtos anti-idade, mas por uma visão que respeita e celebra a beleza em todas as idades.

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