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Banco de tecido: projeto comercializa e troca tecido por preço justo

Published 29/12/2016
Na casa ou no ateliê de costureiras, artesãs e fashionistas apaixonadas pelo conceito “faça você mesmo”, há sempre um tecido sem destino certo, e, não raro, elas estão em busca de materiais novos e originais. Por isso, suspiram assim que chegam à casinha com fachada discreta e decoração fofa localizada no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo. É lá que, desde janeiro janeiro de 2015, funciona o Banco de Tecido, uma loja que promove venda e troca de material de segunda mão em um sistema sustentável. 
A “banqueira” em questão é a figurinista Lu Bueno, que, após 25 anos de profissão, acumulou quase uma tonelada de matéria-prima. “Eu tinha tecidos incríveis, e jogar fora estava fora de cogitação, já que não há forma de reciclar a maioria e nem há aterros para onde enviá-los”, lembra ela, que, antes de se aventurar no projeto, testou um troca-troca entre amigos, estudou economia criativa e se capacitou no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
SAQUES E DEPÓSITOS O banco funciona em um sistema de correntista: o cliente leva seus tecidos, e o projeto cobra 20% de taxas sobre o quilo – ou seja, a cada 2 quilos de material, o local fica com 400 gramas. O restante pode ser trocado por qualquer outra peça – seda, crepe, couro e malhas – armazenada em caixas transparentes. “A avaliação é feita na hora. Quando necessário, o tecido é encaminhado para higienização”, explica a estudante de moda Andressa Burgos, responsável pelo atendimento. Na venda direta, o preço justo surpreende
quem está acostumado ao comércio tradicional: R$ 35 o quilo, não importa o tipo. 
De São Paulo a Curitiba
Meses depois de ser fundado em São Paulo, o projeto ganhou uma unidade em Curitiba, localizada na Casa Base, um espaço coletivo destinado a empreendimentos criativos. “Aqui tudo funciona como na matriz. É um sistema genial para designers de vários ramos”, diz Henrique Cabral, sócio que capitaneia a filial paranaense. “A ideia é prolongar ao máximo a vida útil da peça, em uma cadeia sustentável. Está funcionando. Quem vem sempre volta”, comemora a idealizadora. A figurinista Lu Bueno criou um sistema de venda e troca sustentável e acessível, onde nenhum tipo de tecido é desperdiçado. A ideia é que o projeto chegue logo ao Rio de Janeiro.
SERVIÇO
• MATRIZ
São Paulo, SP
www.bancodetecido.com.br
• UNIDADE 1
Casa Base – Curitiba, PR
www.casabase.com.br
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