Elas podem ser brancas, vermelhas, pequenas ou grandes, mas sempre são motivo de insegurança feminina. Enquanto os homens mal sabem exatamente o que é, muitas mulheres deixam de vestir um short curto ou até o biquíni dos sonhos no verão por vergonha de colocar as famosas (e temidas) estrias à mostra. Segundo a Associação Brasileira de Dermatologia (SBD), mais da metade das brasileiras se queixam das estrias e 70% delas consideram os risquinhos, que podem ser brancos ou avermelhados de acordo com o tempo de existência delas, como o maior problema estético que possuem.
Para driblar a situação, é importante entender desde o início o que acontece na sua pele para que elas surjam e esquecer certos mitos que são cultivados há décadas.
– Coçar a pele dá estrias?
Mito. “A coceira pode ser causada por uma infinidade de fatores. Quando há um estiramento agudo da pele, é possível que apareçam estrias, mas isso não significa que uma coçadinha resultará em estrias. Por outro lado, a coceira também pode ser um sintoma de que a estria está se formando. Neste caso, o que está causando a coceira é justamente o estiramento da pele”, explica a médica Adriana Benito,
– Tomar sol elimina estrias?
Mito. “As estrias brancas são atróficas, ou seja, mais claras do que a pele normal. Durante o bronzeamento, a pele natural pigmentará, aumentando o contraste com as estrias brancas”, diz Adriana. Já as avermelhadas, que são cicatrizes recentes, podem ganhar coloração, ficando mais escuras do que a pele. Protetor solar nelas!
– Usar cremes hidratantes ajuda a prevenir estrias?
Verdade. Usar hidratante, de fato, não impede que você tenha estrias, mas uma pele mais hidratada tem menor chance de desenvolvê-las.
– Passar óleo de amêndoas no corpo previne estrias?
Mito. Segundo a Adriana Benito, o óleo de amêndoas puro não consegue penetrar na pele ressecada. A pele desidratada necessita de um emoliente à base de água, não de óleo. Ele pode até evitar o ressecamento da pele, criando uma barreira impermeável que impede a desidratação, mas não tem o poder de dar mais elasticidade à pele.
– Engordar e emagrecer, o famoso efeito sanfona, causa estrias?
Verdade. Quando engordamos, a pele é distendida e forçada ao limite de sua elasticidade. Quando emagrecemos, o tecido afrouxa, já com as marcas de estiramento. Funciona como uma bexiga: depois de cheia, mesmo se for esvaziada, ela não terá a mesma elasticidade”, diz Adriana.
O tratamento
Já é possível encontrar inúmeros tratamentos para o problema e o melhor período para fazê-los é justamente com a chegada dos meses mais frios – assim, você garante uma pele livre de estrias até o verão. “Como cada organismo responde de uma forma diferente, cada pessoa é avaliada individualmente”, explica Aline Olivetto, Coordenadora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Siluets Estética, por isso o tempo de tratamento pode varias de pessoa para pessoa.
Carboxiterapia – pode ser feito tanto em quem quer se livrar das brancas como em quem está começando a apresentar as linhas vermelhas. O procedimento causa inflamação dentro das cicatrizes, fazendo com que se forme uma casquinha, que acabam por afinar as marcas e contribuir para produção de colágeno, o que fortalece o tecido da pele.
Peeling químico – tem como objetivo promover uma verdadeira troca de pele, por meio da descamação do tecido epidérmico e pode ser feito em três variações: superficial, médio ou profundo. É mais indicado para estrias brancas e peles claras.
Peeling de diamante – é uma técnica de esfoliação realizada por meio de uma ponteira de diamante, incentivando a renovação celular. Além de tratar estrias superficiais e melhorar a aparência geral da pele, também contribui para a produção de colágeno. Pode, inclusive, ser associado ao peeling químico.
Micropuntura – “A Micropuntura estimula, com ajuda de um demógrafo, que possui uma agulha descartável na ponta, a produção de colágeno direto nas estrias. Desta forma é possível melhorar a elasticidade, firmeza e hidratação local da pele”, explica Aline.
Ácido Retnóico – boa opção para quem quer fazer o tratamento em casa, já que pode ser usado através de cremes. Ele estimula a produção de colágeno na região que há estria.