Nos últimos anos, celebridades como Lindsay Lohan e Donatella Versace têm atraído os holofotes não apenas por suas carreiras, mas também pelas transformações estéticas que despertam curiosidade e questionamentos. Essas mudanças, que muitas vezes envolvem altos custos e procedimentos complexos, também levantam debates sobre a possibilidade de reversão.
Para esclarecer o tema, o Dr. Paulo Martin, vice-presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgias Plásticas e especialista com mais de 20 anos de experiência, detalha os principais aspectos desse processo.
Os exemplos de Lindsay Lohan e Donatella Versace
Segundo Dr. Paulo, cada caso apresenta desafios específicos. Ele aponta que Lindsay Lohan, por exemplo, investiu mais de R$ 500 mil em tratamentos como lifting facial, rinoplastia e preenchimentos labiais.
“Embora esses procedimentos sejam reversíveis, a avaliação detalhada é essencial para determinar a melhor abordagem”, explica.
Por outro lado, Donatella Versace, 69, representa um caso mais complexo. Segundo o especialista, ela passou por intervenções mais permanentes, como preenchimentos definitivos e múltiplos liftings.
“Esses procedimentos geralmente exigem cirurgias mais extensas e delicadas para serem revertidos, tornando o processo mais desafiador”, comenta o especialista.
Custos e viabilidade de reversão
Quando se trata de custos, Dr. Paulo destaca que eles variam significativamente dependendo do tipo de procedimento e da complexidade do caso.
“Preenchimentos temporários podem ser dissolvidos com enzimas específicas, o que torna o processo mais simples e acessível. Já intervenções cirúrgicas, como a reversão de liftings ou bioplastias, podem custar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, ou até mais, dependendo das condições do paciente e do número de etapas necessárias”, explica.
Idade e saúde como fatores determinantes
Além disso, Dr. Paulo enfatiza que a saúde do paciente é mais importante que a idade ao considerar uma reversão. “Embora não exista uma idade limite, pacientes mais velhos podem apresentar condições médicas preexistentes que exigem uma análise rigorosa dos riscos. Cada caso é único e demanda uma avaliação personalizada”, afirma.
Expectativas realistas são cruciais
Outro ponto importante, segundo o especialista, é a clareza sobre os resultados esperados. “Nem sempre é possível retornar ao estado original, especialmente em procedimentos mais invasivos ou permanentes. É fundamental que o paciente compreenda as limitações e as possibilidades reais de reversão”, alerta.
A busca pelo equilíbrio
Por fim, Dr. Paulo ressalta que a busca pela estética deve estar alinhada à saúde física e mental.
“A aparência é apenas uma parte do bem-estar. Muitas vezes, a motivação para procedimentos estéticos está ligada a questões emocionais mais profundas. O ideal é combinar tratamentos estéticos com práticas que promovam autoestima e equilíbrio, como exercícios, alimentação saudável e, se necessário, acompanhamento psicológico”.
Assim, com informações claras e expectativas alinhadas, é possível alcançar resultados que conciliem estética e saúde, sempre priorizando o bem-estar integral dos pacientes.