Beleza no inverno: quatro tratamentos estéticos para fazer no frio

Quer secar vasinhos, fazer peeling ou depilação a laser? O inverno é o período adequado para se submeter a tratamentos realizados com laser e ácidos. É que a exposição ao sol pode dificultar a recuperação da pele após os procedimentos. Saiba o porquê e saiba como funcionam os tratamentos

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O inverno é a melhor época do ano para cuidar da pele, principalmente por meio de tratamentos que usam laser e ácido, como depilação e peeling. “É que muitos deles não podem ser aplicados na pele bronzeada ou sensibilizam a pele caso seja exposta ao sol. No período de frio, a radiação solar é menor do que no verão e as pessoas não se expõem tanto e saem de casa com roupas que protegem mais a pele”, avalia Newton Morais, especialista em dermatologia. Para Luciana Maluf, dermatologista, o clima ameno também favorece a recuperação da pele. “No frio, o desconforto e a sensação de ardência gerados após alguns procedimentos melhoram bastante.”

Peeling: indicado principalmente para o tratamento de manchas ocasionadas pelo sol, melasma e acne – ou para rejuvenescer a pele atenuando rugas e linhas de expressão -, o procedimento é feito a partir da aplicação de ácidos e cremes manipulados. “Existem peelings para diversas funcionalidades: o de ácido retinoico melhora a textura da pele; o de ácido salicílico, a oleosidade; e o de Solução de Jessner, manchas”, diz Luciana. O que diferencia os tipos de tratamento é a substância utilizada e a profundidade da ação do procedimento. “Uma avaliação clínica do paciente, em combinação com as características próprias da pele e a escolha do peeling numa concentração adequada para cada tipo de pele e região do corpo são fundamentais”, explica a dermatologista.

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Qualquer peeling sensibiliza a região onde é aplicado porque remove as células mortas junto de uma camada fina de pele, que pode não se recuperar se for exposta ao sol. “No inverno, peelings de penetração média e profunda podem ser mais usados, devido ao clima mais ameno e frio e a menor incidência dos raios solares”, afirma. É que após o procedimento, recomenda-se evitar exposição solar durante um mês. “Também é imprescindível o uso diário de filtro solar (de duas a três vezes por dia, dependendo das atividades do paciente) e hidratante, além de chapéus e camisetas”, aconselha Luciana.

Contraindicação: o tratamento não é indicado para pessoas que estejam com a pele bronzeada, que apresentem alergia às substâncias utilizadas no procedimento, com infecção local ativa, que estejam grávidas ou amamentando.

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Depilação a laser: a remoção dos pelos é feita por meio de um aparelho que emite um laser. Ele atinge a melanina que dá coloração aos pelos. A energia térmica gerada por essa fonte de luz prejudica a habilidade do folículo produzir um novo fio. A eliminação dos pelos é progressiva e demanda várias sessões – o intervalo entre elas é de 30 a 45 dias. Após a sessão, não exponha a pele ao sol durante sete dias. “O procedimento é como uma agressão controlada à pele, que fica avermelhada. E se você a expõe ao sol, ela pode manchar com mais facilidade. Sete dias é o tempo médio que calculamos para que a pele volte ao normal”, explica Newton Morais, especialista em dermatologia e diretor da Clínica Mais Excelência Médica.

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O inverno é a época mais indicada para realizar a depilação, porque há menos exposição espontânea ao sol. “Um profissional habilitado pode esclarecer dúvidas, informar se há contraindicação e escolher o melhor laser para o seu caso. Se você faz uso de medicações, comunique ao profissional para saber se não há influência na segurança do tratamento e quais são as principais recomendações”, alerta Newton.

Contraindicação: o laser pode manchar a pele negra, já que atinge a melanina. O ideal, nesse caso, é consultar um profissional que possa indicar o laser adequado. O procedimento não é indicado para gestantes e para quem faz uso de medicações fotossensibilizantes (como roacutan, por exemplo) ou apresente lesões na pele.

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Luz Intensa Pulsada – LIP: o procedimento é realizado a partir de um aparelho que emite luzes que “esquentam” a pele e podem penetrar suas diferentes profundidades. Dependendo da amplitude empregada, atinge a melanina e os vasos sanguíneos e trata manchas de sol, alterações na textura da pele e rugas finas e linhas de expressão, já que estimula a produção de colágeno. Ele pode ser realizado diversas partes do corpo, mas somente um profissional pode indicar a quantidade de sessões necessárias para tratar cada problema, respeitando o intervalo de um mês entre a realização das sessões. É que a LIP deixa a pele sensível. Alguns pacientes apresentam vermelhidão e dor até sete dias após o procedimento. “Para uma recuperação saudável, use hidratante e filtro solar com FPS 50 (no mínimo) de duas a três vezes por dia. Se casquinhas se formarem na pele, não mexa nem arranque. Elas fazem parte da cicatrização natural da pele. Use maquiagem caso queira disfarçar a vermelhidão ou as casquinhas marrons”, orienta a dermatologista Luciana Maluf.

Se for realizado no verão, o tratamento com luz intensa pulsada exige cuidados extras. “A LIP, assim como qualquer outra fonte de luz (como os lasers, por exemplo) podem ser feitos em qualquer estação do ano, mas com cautela quando o clima está quente. No inverno, por haver menos incidência de sol, calor e suor (o suor é ácido e pode causar ardor na pele tratada), podemos incrementar um pouco mais os parâmetros do aparelho LIP ou associar tratamentos, mas sempre tomando cuidado com as características próprias de cada pele”, destaca Luciana.

Contraindicação: como a LIP atinge diretamente a melanina (pigmento que dá coloração à pele, cabelos e pelos), não é indicado para quem tem a pele negra, quem está com a pele bronzeada, pacientes que apresentem infecções ativas ou feridas abertas localizadas na área do tratamento, doenças sistêmicas (como lupus e colagenoses), gestantes e pessoas que usem medicações fotossensibilizantes (que reagem e provocam inflamação e irritação na pele com o estímulo da luz).

Escleroterapia: o tratamento consiste na aplicação de uma substância chamada esclerosante, que seca pequenos vasinhos. O procedimento deve ser realizado por um profissional habilitado, que possa assegurar a eficácia e a segurança da aplicação. Após a realização da escleroterapia, a pele pode apresentar equimoses (manchas ocasionadas pela ruptura de vasos sanguíneos) e hematomas. O tratamento é mais indicado para os dias frios por dois motivos: a pele corre menos risco de ficar manchada e os sinais provocados pela escleroterapia podem ser escondidos com calças e meias compridas. “Marquinhas e equimoses, se expostas ao sol, podem causar uma mancha prolongada na pele. A exposição ao sol só é indicada após uma ou duas semanas, que é o tempo que as manchas levam para sumir”, diz Roseli Cardinali, cirurgiã plástica. No dia da aplicação e durante a recuperação, é preciso repousar, usar meias de compressão e evitar roupas que apertem a região.

Contraindicação: a escleroterapia não é indicada para gestantes e para quem tem alergia ao medicamento utilizado no procedimento ou apresente feridas e infecções.

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